Quando o fim de semana vira um gatilho de ansiedade
- Marleide Rocha

- 14 de jun.
- 2 min de leitura
Você já sentiu que, justamente quando poderia descansar, sua mente acelera? O relógio desacelera, mas o seu corpo não acompanha. É sexta-feira à noite, todos parecem relaxar, fazer planos, aproveitar… e você sente um incômodo silencioso que não sabe explicar. Uma inquietação. Um nó no peito. Uma ansiedade que não faz sentido — mas está lá.
Essa sensação, infelizmente, é mais comum do que se imagina.

A mente que não sabe pausar
Nosso cérebro se acostuma com o ritmo frenético da semana: reuniões, prazos, problemas para resolver, expectativas para cumprir. Quando o fim de semana chega, esse mesmo cérebro — que ficou em estado de alerta constante — não sabe o que fazer com o silêncio.É como se ele dissesse: “Cadê o perigo? Cadê a próxima tarefa? Por que está tudo tão calmo?”
A dificuldade de lidar com a pausa está diretamente ligada à forma como o cérebro lida com a incerteza. E a ausência de estrutura, típica dos finais de semana, pode ser interpretada como algo incômodo, porque rompe a previsibilidade e a lógica do controle.
Steven Hayes, criador da Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), reforça que parte da nossa ansiedade vem da tentativa de evitar experiências internas desconfortáveis. E é justamente na folga que elas aparecem — sem distrações para silenciá-las.
O paradoxo do descanso
Você trabalha a semana inteira esperando por esse momento. E quando ele finalmente chega… sente culpa por não estar fazendo nada “útil”, sente medo de perder tempo, sente que deveria estar mais feliz. Esse ciclo, muitas vezes invisível, mina o prazer das pequenas pausas e cria uma relação distorcida com o descanso.
Mais do que um problema individual, isso é reflexo de uma cultura que valoriza a produtividade constante — e que deslegitima o ócio como forma de autocuidado.
Aprender a desacelerar é um treino
Assim como você aprendeu a ser eficiente, pode (e deve) aprender a relaxar.Mas isso exige gentileza. Exige autocompaixão. E um pouco de ciência também...rs
Estudos em neurociência mostram que práticas simples como a respiração consciente, o contato com a natureza, a meditação e o movimento corporal regular ajudam a reconfigurar circuitos cerebrais ligados ao estresse e à ansiedade (Siegel, 2020; Kabat-Zinn, 2016).Mas, acima de tudo, precisamos ressignificar o que significa “descansar”.
Descansar não é perder tempo.É ganhar presença.É se reencontrar com o que importa.

E se existisse um espaço para te ajudar nisso?
A partir dessa semana, vou lançar um projeto lindo que nasceu justamente da escuta profunda de tantas pessoas que, como você, sentem dificuldade em relaxar, aproveitar a vida e encontrar equilíbrio emocional em meio ao caos.
Um refúgio digital — mas profundamente humano — para quem quer aprender a cuidar da mente com leveza, ciência e propósito. Se você sentiu que esse texto falou com você, fique por perto.Tem coisa boa vindo aí.
Ainda não me segue?
@clinicamarleiderocha conheça um pouco mais o meu trabalho e fique por dentro das novidades ;)








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